DOURO FAINA FLUVIAL – O que queremos para o Batalha? [filme + debate]

28 Abril, 18h, Sala Batalha

Debate com Ada Pereira da Silva, Alexandre Alves Costa, Amarante Abramovici, David Doutel, Jorge Campos, Joana Canas Marques e Luísa Sequeira

O que queremos para o Batalha? [debate]

Exibição do primeiro filme da sessão de Inauguração do Cinema Batalha, em 1947: “Douro, Faina Fluvial” de Manoel de Oliveira (20’). Segue-se conversa sobre o que a cidade quer para o Batalha, agora que está anunciada a sua gestão pública pela mão da Câmara Municipal do Porto. Profissionais e amantes do cinema lançam o debate que se quer de todos e todas.

“ A inauguração do cinema Batalha, casa de linhas modernas e sumptuoso aspecto, constitui um grande acontecimento citadino. À sessão inaugural, “avant-première”, brilhante, assistiu o escol da gente do Porto em trajes de cerimónia. As colónias estrangeiras, nomeadamente a francesa e a inglesa, compareceram, pode dizer-se em massa. Na assistência, tanto na plateia, como nas tribunas e balcão, viam-se as nossas melhores famílias. Fora, na praça, juntaram-se milhares de pessoas, assistindo curiosas ao desfile de automóveis forçosamente lento em virtude das obras de reparação dos pavimentos que ali se estão a realizar.
Recebia os convidados e os espectadores o empresário António Neves, rodeado de quase todos os diretores dos cinemas do Porto, nota simpática que a assistência marcou com louvor. A multidão estacionou na praça largo tempo, admirando os efeitos feéricos da iluminação do novo cinema, verdadeiramente faiscante.
Na tribuna, em lugares reservados, sentam-se as autoridades civis e militares, as primeiras de casaca, as últimas em farda de gala.
Pouco depois das 22 horas, com a sala repleta, friso elegante de “smokings”, casacas e vestidos de noite, começou a sessão. Na 1ª parte exibiu-se o documentário de Manoel de Oliveira e António Mendes, “Douro, faina e fluvial”…”
Jornal de Notícias, 4/6/1947

ADA FOR MAYOR (Alcaldessa), de Pau Faus [estreia]

28 Abril, 22h, Sala Batalha, com Steven Forti [Barcelona en Comú] e João Semedo
Espanha, 2016, 86 minutos, documentário

Pau Faus

Ada Colau, acompanhada durante o ano de construção da sua campanha, primeiro com o Guanyem (ganhamos), depois na coligação  Barcelona en Comú  com que se apresentou a eleições obtendo a vitória histórica que a fez Alcaldessa de Barcelona. Uma luta coletiva mas também pessoal de alguém que receia tornar-se naquilo que sempre rejeitou.

NADA A TEMER, de Luísa Sequeira e SAMA [work in progress]

28 Abril, 23h30, Sala Bébé, com os realizadores Luísa Sequeira e Sama
Portugal/Brasil, 2017, 20 minutos, documentário

Luísa Sequeira e Sama

O Brasil não mostra sinais de estabilidade desde as grandes manifestações de 2013. O Impeachment da Presidente Dilma, por alguns considerado como uma solução para a crise, só agravou este processo. Sama é um artista plástico brasileiro que vive em Portugal há alguns anos. Além de trabalhar com desenhos, pinturas, textos e animações, Sama dedica-se também à produção de zines e banda desenhada. Entre os seus temas recorrentes estão o erotismo, a política e os comportamentos sociais que refletem sobre o mal-estar contemporâneo, como a cultura de consumo, as políticas neo-liberais e o impacto das novas tecnologias versus o indivíduo.

“NADA A TEMER” é um zine e  um manifesto transmídia dedicado aos recentes eventos da política no Brasil e não só. Neste filme, acompanhamos o autor a testemunhar, e ao mesmo tempo investigar, este momento histórico da frágil democracia brasileira, através de viagens, depoimentos e rápidos registos de intervenção. NADA A TEMER é um work in progress documental e emergencial realizado por Luísa Sequeira e pelo próprio Sama.

 

ENSAIO FÍLMICO SOBRE O CINEMA [Batalha], de Rita Bastos

28 Abril, 24h30, Sala Bébé, com a realizadora Rita Bastos e Bárbara Veiga
Portugal, 2008, 27′ , documentário

Rita Bastos

As cadeiras estao vazias, as luzes apagadas. O que perdura? O que permanece?
“Ensaio Fílmico sobre o Cinema [Batalha]” éum reduto contra o esquecimento, éa sobrevivencia do cinema sobre o Batalha. Sao as memorias dos filmes que aí se tornaram protagonistas, as memorias imageticas – coletivas e individuais – que perduram sobre a ruina do tempo, as memórias daqueles que um dia encarnaram personagens imaginarias num mundo de ilusao.
Composto por dois eixos do discurso visual, o documental e o ficcional, e sob a forma de um ensaio, recorre-se à apropriacao, citacao, deslocamentos de imagens pré-existentes, conversas, entrevistas, animacao e reconstituicao historica, combinando elementos de auto-referencialidade, onde a subjetividade pessoal da autora influencia a propria dinâmica do objeto filmico.