26 Maio, 21h00, Teatro de Construção [ATC], com Tatiana Moutinho, Raquel Azevedo e Maria Manuel Rola
Reino Unido, 1996, 52′, documentário
Ken Loach
Em 1995, em Liverpool, cerca de 500 estivadores foram despedidos por se recusaram a quebrar a greve por melhores condições de trabalho. A dignidade destes estivadores e das suas mulheres, que resistiram negando-se a ir contra as suas convicções, é um retrato de toda a classe trabalhadora em Inglaterra num momento em que o governo de direita quis retirar direitos conquistados no passado. A câmara eficaz de Ken Loach neste filme, que é um exemplo poderoso de um documentário militante, expõe vários pontos de vista dos diferentes intervenientes nesta luta, incluindo a traição dos dirigentes sindicais aos trabalhadores.
27 Maio, 17h30, Teatro de Construção [ATC] com Teresa Martins e Paula Nogueira
Reino Unido, 1966, 75′, ficção
Ken Loach
Este filme foi um marco na história da televisão inglesa. A sua emissão em 16 de novembro de 1966, teve uma audiência de cerca de 12 milhões de espectadores, um quarto da população do Reino Unido. Provocador de uma discussão política pública que obrigou a mudanças de paradigma nos registos televisivos.
O filme conta a história de um casal que vive tranquilo até que uma situação de desemprego muda tudo. A família depara-se com um novo cenário de pobreza, dívidas, necessidade de encontrar espaço para viver e uma incansável luta para manter a família unida.
27 Maio, 21h00, Teatro de Construção [ATC] com Adriana Melo e Adriano Campos
VESTÍGIOS, de Adriana Melo
Portugal, 2015, 30’, documentário experimental
Desenvolvido a partir de fotografias de arquivo guardadas pelos locais de Arouca, Vestígios pretende dar a conhecer este concelho, num contexto atemporal, ao mesmo tempo que é salientada a importância da fotografia como documento. Não existe muita documentação visual sobre Arouca, sendo a memória mantida apenas através da tradição e da oralidade. As imagens antigas, quase esquecidas, são trazidas de novo à vida, revalorizadas num novo contexto. A memória oral e a tradição são também integradas no projeto através do som, que contribui para uma nova visão das imagens. Ao refotografar imagens de arquivo amadoras guardadas pelos locais elogia-se o facto da memória ser mantida viva através da tradição. Como contraponto, surge o vazio, o esquecimento, a consequência da falta de preservação de um passado quase esquecido. As ruínas das antigas minas de volfrâmio surgem como um aviso para o futuro, relembrando como o passado pode ser esquecido.
VIDA ACTIVA, de Susana Nobre
Portugal, 2013, 92′ documentário
O programa Novas Oportunidades foi um programa de educação com uma vertente baseada no reconhecimento e certificação escolar das aprendizagens realizadas fora da escola. Nestas sessões homens e mulheres pensam e discursam sobre a sua trajectória de vida, as condições que determinaram a sua existência e a sua dificuldade em existir. Falam da sua formação, da sua experiência profissional, das suas origens, produzindo uma pluralidade de pontos de vistas sobre a escola, a cidade, o campo, a família, o mundo operário e o universo do emprego. Partindo das histórias de vida dos protagonistas, o filme desloca‐se para uma abordagem ensaística sobre o trabalho no mundo contemporâneo.
28 Maio, 15h30, Teatro de Construção [ATC] com António Alves Vieira
Documentário, Brasil, 2009
110 minutos Raphael Alvarez e Tatiana Issa
Dzi Croquetes recebeu mais de 20 prémios internacionais. Apresentando segmentos de entrevistas apaixonadas com Liza Minnelli, o documentário é o mais premiado da historia Brasileira. Diz Croquetes, um grupo de teatro brasileiro inovador, inspirou a juventude a resistir à censura militar à liberdade de expressão de 1968 durante a violenta ditadura brasileira.
Combinando a dança americana e inovadora de Lennie Dale com a satira política e o nascimento da Bossa Nova, Dzi Croquetes tomaram o Brasil e a Europa numa vaga com o seu talento único, sensualidade hipnotizante, humor e performances explosivas. Entusiasticamente apoiados pela Liza Minnelli, o grupo fez sucesso entre as celebridades com fãs como Catherine Deneuve, Omar Sharif, Mick Jagger, Josephine Baker, Maurice Béart, Andy Warhol, Marisa Berenson entre muitos outros. O documentário foi recentemente interdito na China enquanto no Brasil a presidente Dilma Rousseff atribuiu, inspirada pelo documentário, ao grupo Dzi Croquettes o “Prémio de Mérito Cultural”.
28 Maio, 17h30, Teatro de Construção [ATC] com Pedro Soares, José Luís Araújo, Raquel Azevedo e Hugo Sampaio
Espanha, 2016, 86 minutos, documentário
Pau Faus
Ada Colau, acompanhada durante o ano de construção da sua campanha, primeiro com o Guanyem (ganhamos), depois na coligação Barcelona en Comú com que se apresentou a eleições obtendo a vitória histórica que a fez Alcaldessa de Barcelona. Uma luta coletiva mas também pessoal de alguém que receia tornar-se naquilo que sempre rejeitou.