A CAÇA de Manoel de Oliveira, Portugal, 1964

A Caça, Manoel de Oliveira

24 Abril, 18h, Sala Zeca Afonso
21 minutos
Manoel de Oliveira

HOMENAGEM A MANOEL DE OLIVEIRA
Adelaide Teixeira, António Preto e Alexandre Alves Costa

Dois rapazes desocupados deabulam pelo campo. Simulam a caça (mas não tem espingardas), emaranham-se, perdem-se de vista, até que um deles cai no pântano, começando a afundar-se lentamente.
O Secretariado Nacional de Informação exigiu ao Manoel de Oliveira que alterasse o final do filme: “Foi nessa ocasião que os homens do SNI me impuseram a alteração do fim do filme, salvando o homem da mão amputada e o jovem que se afunda no pântano, como se lhes parecesse que salvavam o regime em vias de se afundar.”

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FASCISMO, INC de Aris Chatzistefanou, Grécia, 2014

FASCISM, INC, Aris Chatzistefanou

Dia 24, 19h30, Sala Zeca Afonso
74 minutos
Aris Chatzistefanou

Uma viagem desde a Itália de Musolini, à Grécia da ocupação Nazi, a guerra civil e a ditatura e desde a Alemanha de Hitler até aos dias de hoje. Uma descrição das causas da crise da dívida, as consequências do memorando. A abolição da democracia e a liquidação absoluta de um país.
Este documentário intenciona inspirar os movimentos anti-fascistas de toda a a Europa. É, também, uma experiência totalmente independente pois não não financiado por nenhum partido ou entidade e cumpre a missão de circular livremente, sem custos e sem restrições de uso ou de difusão.

ADEUS, ATÉ AO MEU REGRESSO – Soldados do Império De Paulo César Fajardo, Portugal, 2007

ADEUS, ATÉ AO MEU REGRESSO – Soldados do Império, Paulo César Fajardo

Dia 24, 19h30, Sala Salgueiro Maia
85 minutos
Paulo César Fajardo

A Guerra Colonial terminou oficialmente em 1974. Um período negro e sombrio na História portuguesa. Explosões, sangue, gritos, pesadelos e o silêncio… sinais de um passado ainda mal digerido. Vamos assistir a testemunhos genuínos, que pelo mal estar que ainda provocam, justificam ainda hoje uma reflexão sobre a legitimidade e sequelas da Guerra do Ultramar.

ON EST VIVANTS De Carmen Castillo, França/Bélgica, 2015

On est vivants, Carmen Castillo

Dia 24, 21h45, Sala Zeca Afonso
100 minutos
Carmen Castillo
Estreia Nacional

De que é feito o engajamento político hoje em dia?
Será ainda possível desviar o rumo do mundo?
É com estas questões, num diálogo íntimo e político com o amigo Daniel Bensaïd, filósofo e militante recentemente falecido, que Carmen Castillo embarca numa jornada ao encontro daqueles que decidiram não aceitar o mundo que lhes é imposto. Dos sem-abrigo de Paris aos sem-terra brasileiros, dos zapatistas mexicanos aos moradores dos bairros dos subúrbios de Marselha, dos guerreiros da água da Bolívia aos sindicalistas de Saint-Nazaire, as caras que marcam essa viagem traçam um retrato do combate político nos nossos dias, feito de esperanças comuns, de sonhos íntimos, mas também de derrotas e desilusões. Como Daniel, eles dizem: “A história não está escrita, somos nós que a fazemos”.