O PEQUENO BANDO, de Michel Deville

30 Abril, 11h, Sala Bébé, com Amarante Abramovici
França, 1983,  91 minutos, ficção

Michel Deville

A história de sete crianças inglesas em França que partem à aventura sem dinheiro. No caminho cruzam-se com personagens estranhas, viajantes misteriosos… A sua missão é salvar uma menina francesa e para tal têm de desenhar uma estratégia.

 

Advertisement

LOCKED [the wireless waves of fear], de Fernando José Pereira

30 Abril , 16h,  Sala Bébé  com  Fernando José Pereira

Portugal, 2016, 21′, instalação vídeo

Fernando José Pereira

O vídeo trata da questão do medo como sentimento estrutural. É uma ficção em torno da ideia de estar fechado, preso. Estar fechado, preso e a correspondente ausência de liberdade é a situação descrita neste filme que é constituído por duas partes: a primeira, fora do espaço de prisão e a segunda, dentro, fechado. Nas imagens exteriores, o espectador é confrontado com visões do ambiente do espaço exterior à prisão, da paisagem que constitui a sua vizinhança. Quando as imagens se voltam para dentro, junto com as visões do espaço interior, há um monólogo do personagem (um prisioneiro?) centrado na sua situação: a circunstância genérica de alguém que está privado dos espaços exteriores, dos espaços de liberdade. As várias possibilidades de sobrevivência dentro do espaço circunscrito, fechado e o correspondente sentimento de medo bem como as sensações contínuas e contraditórias de estar zangado e resistir ou, pelo contrário, a frustração da impotência que se encontra sempre presente nestas situações.

25 Outubro + O início + TEN DAYS THAT SHOOK THE WORLD

30 Abril, 17h00, Sala Bébé, com Francisco Louçã

25 DE OUTUBRO – O PRIMEIRO DIA de Yuri Norstein

Rússia, 1968, 8’, documentário experimental

Realizado para comemorar os 50 anos da Revolução Russa, o filme é uma homenagem aos artistas da época: poetas, músicos e pintores. Artistas que foram banidos nos anos 20, na União Soviética, por serem considerados demasiado “formalistas”. 40 anos depois, esta pequena curta-metragem também foi considerada demasiado formalista e “politicamente fraca”. O filme mostra alguns posters políticos que enfatizam promessas que não foram cumpridas por Lenine.

O INÍCIO, de Artavazd Pelechian

Arménia, 1967, 10’, documentário

Um ensaio cinematográfico sobre a Revolução de Outubro de 1917, realizado por um cineasta único, com uma linguagem que não conta histórias, mas que nos leva pela emoção.

A imagem, o som e a montagem criam uma experiência visual original e inesquecível, uma força cinematográfica pura.

 

 

 

 

 

 

TEN DAYS THAT SHOOK THE WORLD de Granada TV

Reino Unido, 1967, 77’, documentário

Um documentário dramatizado realizado pela Granada TV, nos 50 anos da Revolução Russa, que relata os acontecimentos de Outubro de 1917. Narrado por Orson Welles, o filme retrata o processo recorrendo às imagens do filme Outubro de Sergei Eisenstein, realizado em 1927, para comemorar os 10 anos da revolução, onde foram dramatizados e recriados os eventos de 1917.

LE TOMBEAU D’ALEXANDRE , de Chris Marker

30 Abril, 18h30, Sala Batalha, com Fernando Rosas
França, 1993, 120 minutos, documentário

Chris Marker

 

O Alexandre do título é Alexandr Medvedkin, realizador de “Felicidade”, colega de Eisenstein e Vertov. A maior parte dos seus filmes foram censurados por Estaline. Medvedkin é o ponto de partida para Chris Marker revisitar a Rússia revolucionária desde a queda dos Czares até à Perestroika.

A montagem do documentário, num ritmo vertiginoso, joga com imagens da Rússia dos anos 90, entrevistas, arquivos esquecidos, filmes da vanguarda revolucionários, num vai-e-vem que torna o passado que lhe interessa inevitavelmente presente.

O título em inglês, “The Last Bolchevik”, remete para Medvedkin [1900-1989], para a sua vida, as suas convicções e os seus filmes que acompanharam um período de grandes mudanças na sociedade russa.

 

POOR COW, de Ken Loach

29 Abril, 19h, Sala Bébé, com Jorge Campos e Luís Monteiro
Reino Unido, 1967, 101 minutos, ficção

Ken Loach

A primeira longa-metragem de Ken Loach conta a história de uma jovem mãe que se vê envolvida numa teia de obstáculos que revelam os constrangimentos de ser mulher e de viver numa classe baixa. O filme foi restaurado e voltou às salas de cinema 50 anos depois.
A cinematografia de Loach foi, assumidamente, influenciada pelo neo-realismo italiano. Como o próprio refere “esses clássicos italianos, do período pós-guerra (como o Ladrão de Bicicletas de Vittorio de Sica) demonstram um imenso respeito pelas pessoas. Os filmes dão espaço às pessoas e preocupam-se com aquilo que preocupa a cada uma delas”.
Poor Cow é um exercício sócio-político revelador dos efeitos da pobreza e da habitação social na vida das personagens. A partir de uma montagem inventiva e com uma câmara criativa, aproximamo-nos da vida destas personagens e percebemos como tudo está interligado dentro de uma comunidade.

A Felicidade, de Aleksandr Medvedkin

30 Abril, 22h, Sala Batalha, com Ana Deus e Diana Combo
Rússia, 1934, 64′, ficção

Acompanhamento musical original e ao vivo por Ana Deus e Diana Combo.

Felicidade é um filme único, absurdo, inesperado e incrível.

Conta a história de um pobre camponês e a sua “mulher-cavalo”, antes e depois da revolução de Outubro, e de um cavalo que faz greve. No inicio do filme é-nos colocada a questão “O que é a felicidade?” Será o poder e o status-quo? O dinheiro? A liberdade de escolha?

Ao público desta sessão asseguramos que a felicidade está em ver este filme, felicidade acrescida com a música de Ana Deus e Diana Combo.

NANI, de Vânia Cosme [homenagem]

30 Abril, 24h, Sala Bébé, com a realizadora Vânia Cosme, António Alves Vieira e Marcha Orgulho do Porto
Portugal, 2001, 35 minutos, documentário

Vânia Cosme

Nani Petrova, o famoso transformista da cidade do Porto, num retrato íntimo. A vida e as lutas daquele que chegou primeiro e abriu caminho, acarinhou e conquistou um merecido lugar na história da cidade do Porto. O Nani ama a cidade do Porto, a cidade do Porto ama o Fernando.