
Candidato do Partido da Esquerda Europeia à presidência da Comissão. Presidente do Syriza da Grécia e líder da oposição no seu país.
“Esta não é a nossa Europa. É apenas a Europa que queremos mudar. No lugar de uma Europa de medo do desemprego, da invalidez, da velhice e da pobreza; no lugar de uma Europa ao serviço das necessidades dos banqueiros, queremos uma Europa ao serviço das necessidades humanas.
Queremos a reorientação democrática e progressista da União Europeia. O fim do neoliberalismo, da austeridade e das chamadas sociedades europeias dos dois terços, onde 1/3 da sociedade se comporta como se não houvesse crise económica e 2/3 sofrem todos os dias, mais e mais. A Esquerda Europeia tem a visão política e a coragem de construir um consenso social mais amplo em torno do objetivo programático de reconstruir a Europa numa base democrática, social e ecológica.
Este é o contexto político da minha candidatura à Presidência da Comissão Europeia pelo Partido da Esquerda Europeia. Ele explica porque não se trata apenas de mais uma candidatura. Trata-se, em vez disso, de um mandato pela esperança e a mudança na Europa. É um toque a reunir pelo fim da austeridade, pela salvaguarda da democracia e para trabalhar pelo crescimento. É um apelo a todos os cidadãos democratas e sensíveis, independentemente da sua ideologia e afiliação partidária. Porque à medida em que a recessão, a estagnação económica ou o crescimento anémico e sem criação de empregos submerge a Europa inteira, a austeridade também submerge as pessoas tanto do Sul quanto do Norte. Assim, a reação à austeridade transcende o estado-nação e alinha as forças sociais a nível europeu. A austeridade atinge o povo trabalhador independentemente do local de moradia. Por esta razão, precisamos de integrar a indispensável aliança antimemorandos do Sul num amplo movimento europeu anti-austeridade.”
Excerto do artigo publicado na revista New Europe.
Continuação do artigo
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